Blog do TOPA

Bem-vindos ao Blog do Programa TOPA-Todos Pela Alfabetização - Diretoria Regional de Educação de Feira de Santana - DIREC 02

sexta-feira, 30 de julho de 2010

TOPA UMA DICA? Como elaborar um Plano de Aula


COMO ELABORAR UM PLANO DE AULA

O plano de aula é a previsão de conteúdo de uma aula ou conjunto de aulas
É pensar o antes, durante e o depois da aula
É prever
É planejar de modo que qualquer pessoa aplique sua aula a partir do seu plano

Dia: Dia da aula: Segunda-feira, terça-feira... Data: Data da aula: dia, mês e ano

Área (s) do conhecimento:
• Disciplina a ser estudada: Português, Matemática, Artes...

Natureza da atividade:
• Critério de aplicação da aula: escrita, dinâmica, cálculo, leitura de textos, debate, leitura de imagens...

Tema:
• Definir o que vai ser ensinado; Sobre o que vai ser falado. É o assunto geral da aula

Conteúdo(s):
• Sub-temas; Itens ou tópicos do assunto geral aplicados na aula

Objetivo (s):
• Para criar o objetivo da aula, busque responder às seguintes perguntas: “Para que vou ensinar este tema?” “ O que quero atingir com este tema?”

• Inicie o objetivo sempre com verbos no infinitivo. EX: Desenvolver, Despertar, Refletir, Esclarecer, Avaliar, Instigar, Identificar, Propor...

IMPORTANTE:
As aulas devem ser contextualizadas de acordo com a concepção de homem e de mundo, oferecendo ao alfabetizando a condição de integrar o conteúdo trabalhado com a sua realidade e vivências.

Atividades desenvolvidas
• Acolhida e oração
• Leitura compartilhada: (Citar título do texto, nome do livro e página onde ele está)

Definir como irá desenvolver o tema escolhido: propor atividades, jogos, músicas, diálogos, utilizando-se dos recursos escolhidos

DICAS:
1. Apresentar aos alunos uma situação problema relacionado ao tema, sempre em forma de uma pergunta. Será um desafio inicial para excitar sua curiosidade em relação ao assunto; fazer com que pensem e busquem uma solução para o problema;
2. Realizar uma dinâmica que também tenha relação com o tema ou que sirva de base para início da aula;
3. Utilizar-se, sem receio, de músicas, poemas, charadas, paralendas, desenhos, dramatizações...
4. Para enriquecer apropriar-se de leituras de textos e imagens, debates em grupos, pesquisas...
5. Usar recursos como cartazes, alfabeto móvel, palavras cruzadas, caixinha mágica, dominó matemático;
6. Trabalhos artesanais sempre trazem ótimos resultados no aprendizado;
7. Uso de som e imagens motiva e diversifica as aulas;
8. Não esqueça: amor e dedicação sempre.

Recursos:
• Relacionar quais os materiais serão utilizados durante a aula: quadro, livro, caderno, lápis, fichas, revistas, rádio, caneta, borracha, cola....

Avaliação
• Verificar se os objetivos propostos foram alcançados
• Listar aspectos positivos e negativos no desempenho dos alunos em relação à participação dos mesmos nas aulas e nas atividades propostas.
• Focar na revisão e na melhoria da metodologia de ensino caso existam aspectos negativos, sempre buscando atingir os objetivos propostos no plano

Para casa:
• Atividades indicadas para reforço, revisão e treino dos alunos, sobre o tema aplicado em aula.
Autoria: Maria José Esteves


terça-feira, 27 de julho de 2010

Hoje é dia de aniversário!!




Parabéns pra você

Nesta data querida

Muitas felicidades

Muitos anos de vida, Valdeci!!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Documentação do TOPA

Acesse aqui as Fichas, Resoluções, Editais e Decretos do TOPA.

domingo, 11 de julho de 2010

Conhecendo Paulo Freire

Os princípios políticos-pedagógicos aplicados pelo programa TOPA estão vinculados aos princípios e ideais de Paulo Freire onde ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua produção e construção. Não visa ensinar apenas conteúdos, mas a aprender, isto é, a pensar certo; e pensar certo, segundo Freire é estar em dúvida com as próprias certezas a partir da observação do mundo. É a pergunta e não a resposta que aponta caminhos.

Mas, quem foi Paulo Freire? Saiba aqui:

"Paulo Reglus Neves Freire nasceu em Recife, em 19 de setembro de 1921 e faleceu em São Paulo em 2 de maio de 1997. Foi um educador e filósofo brasileiro. Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica.

Por seu empenho em ensinar os mais pobres, Paulo Freire tornou-se uma inspiração para gerações de professores, especialmente na América Latina e na África. Pelo mesmo motivo, sofreu a perseguição do regime militar no Brasil (1964-1985), sendo preso e forçado ao exílio.

O educador apresentou uma síntese inovadora das mais importantes correntes do pensamento filosófico de sua época, como o existencialismo cristão, a fenomenologia, a dialética hegeliana e o materialismo histórico. Essa visão foi aliada ao talento como escritor que o ajudou a conquistar um amplo público de pedagogos, cientistas sociais, teólogos e militantes políticos.

A partir de suas primeiras experiências no Rio Grande do Norte, em 1963, quando ensinou 300 adultos a ler e a escrever em 45 dias, Paulo Freire desenvolveu um método inovador de alfabetização, adotado primeiramente em Pernambuco. Seu projeto educacional estava vinculado ao nacionalismo desenvolvimentista do governo João Goulart.

A carreira no Brasil foi interrompida pelo golpe militar de 31 de março de 1964. Acusado de subversão, ele passou 72 dias na prisão e, em seguida, partiu para o exílio. No Chile, trabalhou por cinco anos no Instituto Chileno para a Reforma Agrária (ICIRA). Nesse período, escreveu o seu principal livro: Pedagogia do Oprimido (1968).

Em 1969, lecionou na Universidade de Harvard (Estados Unidos), e, na década de 1970, foi consultor do Conselho Mundial das Igrejas (CMI), em Genebra (Suíça). Nesse período, deu consultoria educacional a governos de países pobres, a maioria no continente africano, que viviam na época um processo de independência.

No final de 1971, Freire fez sua primeira visita a Zâmbia e Tanzânia. Em seguida, passou a ter uma participação mais significativa na educação de Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe. E também influenciou as experiências de Angola e Moçambique.

Em 1980, depois de 16 anos de exílio, retornou ao Brasil, onde escreveu dois livros tidos como fundamentais em sua obra: Pedagogia da Esperança (1992) e À Sombra desta Mangueira (1995). Lecionou na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Em 1989, foi secretário de Educação no Município de São Paulo, sob a prefeitura de Luíza Erundina.

Freire teve cinco filhos com a professora primária Elza Maia Costa Oliveira. Após a morte de sua primeira mulher, casou-se com uma ex-aluna, Ana Maria Araújo Freire. Com ela viveu até morrer, vítima de infarto, em São Paulo.

Doutor Honoris Causa por 27 universidades, Freire recebeu prêmios como: Educação para a Paz (das Nações Unidas, 1986) e Educador dos Continentes (da Organização dos Estados Americanos, 1992)."
Fonte: http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u178.jhtm

Conhecendo o Método Paulo Freire


O Método Paulo Freire consiste numa proposta para a alfabetização de adultos desenvolvida pelo educador Paulo Freire, que criticava o sistema tradicional, o qual utilizava a cartilha como ferramenta central da didática para o ensino da leitura e da escrita. As cartilhas ensinavam pelo método da repetição de palavras soltas ou de frases criadas de forma forçosa, que comumente se denomina como linguagem de cartilha, por exemplo Eva viu a uva, o boi baba, a ave voa, dentre outros.

Etapas do método
1.Etapa de Investigação: busca conjunta entre professor e aluno das palavras e temas mais significativos da vida do aluno, dentro de seu universo vocabular e da comunidade onde ele vive.
2.Etapa de Tematização: momento da tomada de consciência do mundo, através da análise dos significados sociais dos temas e palavras.
3.Etapa de Problematização: etapa em que o professor desafia e inspira o aluno a superar a visão mágica e acrítica do mundo, para uma postura conscientizada.

O método
As palavras geradoras: o processo proposto por Paulo Freire inicia-se pelo levantamento do universo vocabular dos alunos. Através de conversas informais, o educador observa os vocábulos mais usados pelos alunos e a comunidade, e assim seleciona as palavras que servirão de base para as lições. A quantidade de palavras geradoras pode variar entre 18 a 23 palavras, aproximadamente. Depois de composto o universo das palavras geradoras, elas são apresentadas em cartazes com imagens. Então, nos círculos de cultura inicia-se uma discussão para significá-las na realidade daquela turma.
A silabação: uma vez identificadas, cada palavra geradora passa a ser estudada através da divisão silábica, semelhantemente ao método tradicional. Cada sílaba se desdobra em sua respectiva família silábica, com a mudança da vogal. (i.e., BA-BE-BI-BO-BU)
As palavras novas: o passo seguinte é a formação de palavras novas. Usando as famílias silábicas agora conhecidas, o grupo forma palavras novas.
A conscientização: um ponto fundamental do método é a discussão sobre os diversos temas surgidos a partir das palavras geradoras. Para Paulo Freire, alfabetizar não pode se restringir aos processos de codificação e decodificação. Dessa forma, o objetivo da alfabetização de adultos é promover a conscientização acerca dos problemas cotidianos, a compreensão do mundo e o conhecimento da realidade social.

As fases de aplicação do método
Freire propõe a aplicação de seu método nas cinco fases seguintes:

1ª fase: Levantamento do universo vocabular do grupo. Nessa fase ocorrem as interações de aproximação e conhecimento mútuo, bem como a anotação das palavras da linguagem dos membros do grupo, respeitando seu linguajar típico.
2ª fase: Escolha das palavras selecionadas, seguindo os critérios de riqueza fonética, dificuldades fonéticas - numa seqüência gradativa das mais simples para as mais complexas, do comprometimento pragmático da palavra na realidade social, cultural, política do grupo e/ou sua comunidade.
3ª fase: Criação de situações existenciais características do grupo. Trata-se de situações inseridas na realidade local, que devem ser discutidas com o intuito de abrir perspectivas para a análise crítica consciente de problemas locais, regionais e nacionais.
4ª fase: Criação das fichas-roteiro que funcionam como roteiro para os debates, as quais deverão servir como subsídios, sem no entanto seguir uma prescrição rígida.
5ª fase: Criação de fichas de palavras para a decomposição das famílias fonéticas correspondentes às palavras geradoras.

História
Freire aplicou publicamente seu método, pela primeira vez no Centro de Cultura Dona Olegarinha, um Círculo de Cultura do Movimento de Cultura Popular (Recife). Foi aplicado inicialmente com 5 alunos, dos quais três aprenderam a ler e escrever em 30 horas, outros 2 desistiram antes de concluir. Baseado na experiência de Angicos, onde em 45 dias alfabetizaram-se 300 trabalhadores, João Goulart, presidente na época, chamou Paulo Freire para organizar uma Campanha Nacional de Alfabetização. Essa campanha tinha como objetivo alfabetizar 2 milhões de pessoas, em 20.000 círculos de cultura, e já contava com a participação da comunidade - só no estado da Guanabara (Rio de Janeiro) se inscreveram 6.000 pessoas. Mas com o Golpe de 64 toda essa mobilização social foi reprimida, Paulo Freire foi considerado subversivo, foi preso e depois exilado. Assim, esse projeto foi abortado. Em seu lugar surgiu o MOBRAL, uma iniciativa para a alfabetização, porém, distinta dos ideais freirianos.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Aos 106 anos dona Noberta dá exemplo

No último dia 05/07, numa de suas visitas às turmas do TOPA-Todos pela Alfabetização, como supervisora do programa na DIREC02, Valdeci Mamona Passos esteve com dona Noberta (foto) uma senhora com 106 anos de idade, alfabetizanda do TOPA no município baiano de Ipecaetá.

Ao acreditar na possibilidade da inclusão social através da educação, dona Noberta dá seu exemplo e é uma das milhares de pessoas beneficiadas Bahia afora pelo programa criado em 2007 pelo governo estadual para combater o analfabetismo.