Confraternização de Natal - I

Neste sábado (18), a Supervisora do TOPA/Direc 02, Valdeci Mamona Passos, recebeu em sua residência para Confraternização Natalina, os digitadores do Programa local.

Valdeci apresentou com fotos e em forma de cordel, seu olhar em relação a cada um deles. Em muitos momentos a emoção tomou conta do grupo. Amigo Secreto com troca de presentes e um delicioso churrasco fez parte do agradável dia de integração.
Confira nas fotos:

Confraternização de Natal - II

Os coordenadores do TOPA/Direc 02 participaram com alfabetizadores do Programa em Feira, de uma reunião diferente. Em clima de Natal com amigo secreto e dinâmica relacionada ao tema, a integração e harmonia do grupo durante a confraternização natalina. Aconteceu na manhã deste sábado (18) nas dependências do Colégio Modelo Luiz Eduardo Magalhães,em Feira.
Veja as fotos:

Delegação do TOPA participa da Certificação em Salvador

Um ônibus com coordenadores, alfabetizadores e alfabetizados do TOPA/Direc 02, partiu de Feira de Santana, nessa sexta-feira (10) com destino a Salvador para a cerimônia de certificação de 291 mil alunos alfabetizados na terceira etapa do programa estadual Todos Pela Alfabetização (Topa).

No Hotel Pituba Plaza onde ficaram hospedados, a ansiedade era visível. Um dos motivos era a expectativa de muitos pela possibilidade de ver de perto o presidente Lula, convidado para a solenidade.

No local, área externa da Assembleia Legislativa, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), ônibus chegavam cheios de pessoas de todas as idades e etinias. Índios tipicamente vestidos chamavam à atenção, tanto quanto as baianas que recepcionavam aos mil alunos que ali representavam todos os Territórios de Identidade do estado e os demais concluintes.

A solenidade tem início

Aos poucos eram convidados a ocupar o palco, os Ministros da Educação e Transportes, o governador Jacques Wagner acompanhado pela primeira dama, o ex governador Waldir Pires, o Secretario Estadual da Educação, Osvaldo Barreto, da Saúde, Jorge Solla, senadores recém eleitos, deputados, a coordenadora estadual do Topa, Elenir Alves e dona Canô (mãe do cantor Caetano Veloso), que aos 103 anos fez questão de participar daquele evento, ao lado de Lula. A entrada deste, aliás, foi um dos pontos altos da noite. Ovacionado foi recebido com o famoso grito de grita "Lulaaa, Lulaaa...".
A solenidade teve início com execução do Hino Nacional pela Orquestra Neojibá com a participação dos cantores Mariene de Castro, Adelmário Coelho, Bule-Bule, Andrea Daltro e Mateus Aleluia. Em seguida, a orquestra tocou o Hino ao Dois de Julho, interpretado pelo cantor Tatau.

Em seguida o Secretário da Educação Osvaldo Barreto ressaltou a satisfação dos alfabetizandos ao descobrir as primeiras palavras e agradeceu ao governo federal e estadual pelo apoio ao programa.

Dois representantes do TOPA da Direc 02 foram premiados

Além da certificação, foram divulgados também os vencedores da segunda edição do Prêmio Cosme de Farias, um dos grandes nomes no combate ao analfabetismo no País. O objetivo da premiação é reconhecer experiências inovadoras nesse processo de alfabetização para que sirvam de estímulo social na continuidade das novas etapas do programa.

Foram inscritas 97 experiências, concorrendo a cinco categorias. Na categoria intérprete da Linguagem Brasileira de Sinais (Libra),o Programa TOPA na Direc 02, supervisionado por Valdeci Mamona Passos(abaixo com os premiados), brilhou com a premiação do tradutor-intérprete , Márcio Araújo de Almeida, de Conceição do Jacuípe que recebeu R$ 5 mil. Na categoria Município, o vencedor foi Barra do Choça, como Entidade da Sociedade Civil, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Euclides da Cunha, como Alfabetizador, Iranci dos Santos, de Vera Cruz e como Coordenador de Turma, Charlene de Souza, de Santa Cruz Cabrália. Cada um recebeu, respectivamente, R$ 40 mil, R$ 20 mil, R$ 10 mil, e R$ 5 mil.Os vencedores foram previamente escolhidos na terça-feira (7), no gabinete da Secretaria de Educação do Estado, por 15 representantes da sociedade civil.

Outro momento especial foi assistir a alfabetizada Lucilene de Jesus Nunes, residente no bairro George Américo, em Feira, ser convidada ao palco para receber
uma obra literária, dentro do programa Leitura Para Todos. Há alguns meses, após ter recebido um livro do programa em domicílio, Lucilene escreveu um comentário sobre a importância da leitura e enviou a carta-resposta via Correios. Esta atitude de Lucilene e de mais dois alfabetizandos, lhes rendeu além do novo livro, minutos de conversa no palco com o presidente Lula e com o governador Wagner.

"Tinha vontade de ver ele de perto, mas nunca pensei que isso ia acontecer. Fiquei muito feliz. Tem gente que vai pensar que é mentira minha quando eu falar", declarou Lucilene.

O TOPA sob olhar dos governantes

De acordo com o governador Jaques Wagner, em seu pronunciamento durante o evento de certificação, nas três primeiras etapas o Topa alfabetizou 751 mil baianos de 407 municípios e outros 185.260 estão em sala de aula. O governador garantiu que serão cerca de 950 mil baianos alfabetizados até março de 2011 e até 2014 espera ter erradicado o analfabetismo na Bahia.

Após o discurso feito pela oradora da turma, a alfabetizada Eloisa Santos Silva, o Ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que o Topa significa um exemplo que a Bahia dá ao Brasil de resgate de uma dívida histórica com os baianos. "No que diz respeito à alfabetização de adultos, a Bahia abraçou o projeto como nenhum outro estado”, ressaltou.

Já o presidente Lula, após contar as histórias de dois alfabetizados pelo programa - Dona Maria Francisca e Seu André, ambos com 65 anos, moradores do sul do estado, foi só elogios. “Quero dizer que possivelmente não tenhamos, em lugar nenhum do Brasil, um programa de sucesso como este aqui da Bahia. Parabéns a todos os envolvidos no Topa, pois podem se tornar referência nacional na alfabetização de adultos”, afirmou Lula, ressaltando o importante apoio das prefeituras para a efetividade da iniciativa que, segundo ele, envolve “a ideologia do coração”.

O TOPA sob o olhar do alfabetizado

"Aprendi muito no TOPA e com minha professora Georjane Nunes de Almeida. Já tirei minha identidade, não sou mais uma analfabeta.Agradeço a Deus no céu, Wagner e Lula na terra"
Maria das Neves Reis dos Anjos
Distrito de Jaiba-Feira(BA)

"Ligaram para minha pró e ela foi na minha casa dizer que era pra eu vir pra Salvador. Se eu não tivesse estudado e aprendido a escrever nunca eu ia tá aqui em Salvador e nunca ia ter podido abraçar o presidente Lula"
Lucilene de Jesus Nunes
Bairro George Américo-Feira(Ba)

Turma do TOPA da Direc02 que marcou presença na certificação

Comitê do Topa escolhe os vencedores do Prêmio Cosme de Farias

Os integrantes do Comitê do Programa Todos pela Alfabetização (Topa) se reuniram nesta terça-feira (7), às 9h, no Gabinete da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, para escolher os vencedores da segunda edição do Prêmio Cosme de Farias, que contou com 97 experiências inscritas entre educadores, prefeituras e instituições parceiras do Topa. Os nomes dos premiados serão divulgados durante a cerimônia de Certificação Topa, que acontece nesta sexta (10), às 18h, na área externa da Assembleia Legislativa, no Centro Administrativo da Bahia (CAB).

Alfabetizandos produzem maquete sobre Direito a Moradia

A alfatetizadora Marina dos Santos Nonato exibe com orgulho uma maquete sobre o tema "Direito a Moradia"produzida por alfabetizandos da sua turma localizada na Fazenda Caldeirão, Distrito de Maria Quitéria, em Feira.

Programa Topa está com matrículas abertas para a quarta etapa

As matrículas para a quarta etapa (2010/2011) do programa Todos pela Alfabetização (Topa) já podem ser feitas nas secretarias municipais de Educação ou Diretorias Regionais de Educação (Direc). As aulas estão previstas para começar no dia 31 de janeiro de 2011. A meta da Secretaria da Educação é de matricular 300 mil pessoas. Até o momento, o programa já alfabetizou 612 mil jovens, adultos ou idosos e tem outros 380 mil em sala de aula.

Os números fazem da Bahia o estado campeão de alfabetização do país, segundo a coordenadora estadual do Topa, Francisca Elenir Alves. Presente em 407 municípios, por meio de 358 prefeituras e 675 entidades dos movimentos social e sindical, o programa trabalha com a alfabetização sob a perspectiva de que esta é um direito do cidadão, que não prescreve com a idade.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) 2010, a Bahia foi o estado do Nordeste que mais reduziu o analfabetismo. “A contribuição do Topa para este avanço é considerada significativa. A perspectiva para 2011 é focar na qualidade do programa que já está consolidado”, destaca Elenir.

Adesão
Só poderão realizar as matrículas do Topa os municípios e entidades dos movimentos sociais e sindicais que aderirem ao programa. Para isso, é necessário preencher e enviar o Termo de Adesão até o dia 18 de novembro, publicado no site da Secretaria da Educação do Estado da Bahia.

Após o preenchimento, imprimir duas vias e enviá-las por Sedex, assinada pelo prefeito e secretário municipal de Educação, juntamente com a documentação exigida no Termo. A documentação deve ser enviada para o endereço - Secretaria da Educação do Estado da Bahia - 6ª avenida, nº 600, 4º andar, sala 402 - Coordenação do Programa Topa - Centro Administrativo da Bahia – CAB. Salvador/Bahia. CEP - 41746-300

Fonte: Agecom

Coordenadores e alfabetizadores: formação e planejamento constante

Alfabetizandos do TOPA fazem teste cognitivo

Os alfabetizandos do Programa TOPA, supervisionados por Valdeci Mamona Passos, da Direc02, passaram neste sábado (14) por teste cognitivo que irá avaliar em que nível de aprendizagem se encontram nesta fase inicial desta nova etapa que começou recentemente.

O teste foi aplicado pela unidade formadora local, a Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), no Colégio Modelo Luiz Eduardo Magalhães, em Feira, e contou na prática com a ajuda de coordenadoras do TOPA do município feirense.

Na opinião de dona Maria Luiza Santos Brito, residente no povoado de Formiga, zona rual de Feira, o teste estava "um pouquinho difícil"

A supervisora Valdeci Mamona (foto acima, no centro) conversa com Samara, monitora da UEFS


Coordenadoras do TOPA/Direc02 auxiliam na aplicação do teste

TOPA UMA DICA? Como elaborar um Plano de Aula

COMO ELABORAR UM PLANO DE AULA

O plano de aula é a previsão de conteúdo de uma aula ou conjunto de aulas
É pensar o antes, durante e o depois da aula
É prever
É planejar de modo que qualquer pessoa aplique sua aula a partir do seu plano

Dia: Dia da aula: Segunda-feira, terça-feira... Data: Data da aula: dia, mês e ano

Área (s) do conhecimento:
• Disciplina a ser estudada: Português, Matemática, Artes...

Natureza da atividade:
• Critério de aplicação da aula: escrita, dinâmica, cálculo, leitura de textos, debate, leitura de imagens...

Tema:
• Definir o que vai ser ensinado; Sobre o que vai ser falado. É o assunto geral da aula

Conteúdo(s):
• Sub-temas; Itens ou tópicos do assunto geral aplicados na aula

Objetivo (s):
• Para criar o objetivo da aula, busque responder às seguintes perguntas: “Para que vou ensinar este tema?” “ O que quero atingir com este tema?”

• Inicie o objetivo sempre com verbos no infinitivo. EX: Desenvolver, Despertar, Refletir, Esclarecer, Avaliar, Instigar, Identificar, Propor...

IMPORTANTE:
As aulas devem ser contextualizadas de acordo com a concepção de homem e de mundo, oferecendo ao alfabetizando a condição de integrar o conteúdo trabalhado com a sua realidade e vivências.

Atividades desenvolvidas
• Acolhida e oração
• Leitura compartilhada: (Citar título do texto, nome do livro e página onde ele está)

Definir como irá desenvolver o tema escolhido: propor atividades, jogos, músicas, diálogos, utilizando-se dos recursos escolhidos

DICAS:
1. Apresentar aos alunos uma situação problema relacionado ao tema, sempre em forma de uma pergunta. Será um desafio inicial para excitar sua curiosidade em relação ao assunto; fazer com que pensem e busquem uma solução para o problema;
2. Realizar uma dinâmica que também tenha relação com o tema ou que sirva de base para início da aula;
3. Utilizar-se, sem receio, de músicas, poemas, charadas, paralendas, desenhos, dramatizações...
4. Para enriquecer apropriar-se de leituras de textos e imagens, debates em grupos, pesquisas...
5. Usar recursos como cartazes, alfabeto móvel, palavras cruzadas, caixinha mágica, dominó matemático;
6. Trabalhos artesanais sempre trazem ótimos resultados no aprendizado;
7. Uso de som e imagens motiva e diversifica as aulas;
8. Não esqueça: amor e dedicação sempre.

Recursos:
• Relacionar quais os materiais serão utilizados durante a aula: quadro, livro, caderno, lápis, fichas, revistas, rádio, caneta, borracha, cola....

Avaliação
• Verificar se os objetivos propostos foram alcançados
• Listar aspectos positivos e negativos no desempenho dos alunos em relação à participação dos mesmos nas aulas e nas atividades propostas.
• Focar na revisão e na melhoria da metodologia de ensino caso existam aspectos negativos, sempre buscando atingir os objetivos propostos no plano

Para casa:
• Atividades indicadas para reforço, revisão e treino dos alunos, sobre o tema aplicado em aula.

Autoria: Maria José Esteves

Hoje é dia de aniversário!!

Parabéns pra você

Nesta data querida

Muitas felicidades

Muitos anos de vida, Valdeci!!

Documentação do TOPA

Acesse aqui as Fichas, Resoluções, Editais e Decretos do TOPA.

Conhecendo Paulo Freire

Os princípios políticos-pedagógicos aplicados pelo programa TOPA estão vinculados aos princípios e ideais de Paulo Freire onde ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua produção e construção. Não visa ensinar apenas conteúdos, mas a aprender, isto é, a pensar certo; e pensar certo, segundo Freire é estar em dúvida com as próprias certezas a partir da observação do mundo. É a pergunta e não a resposta que aponta caminhos.

Mas, quem foi Paulo Freire? Saiba aqui:

"Paulo Reglus Neves Freire nasceu em Recife, em 19 de setembro de 1921 e faleceu em São Paulo em 2 de maio de 1997. Foi um educador e filósofo brasileiro. Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica.

Por seu empenho em ensinar os mais pobres, Paulo Freire tornou-se uma inspiração para gerações de professores, especialmente na América Latina e na África. Pelo mesmo motivo, sofreu a perseguição do regime militar no Brasil (1964-1985), sendo preso e forçado ao exílio.

O educador apresentou uma síntese inovadora das mais importantes correntes do pensamento filosófico de sua época, como o existencialismo cristão, a fenomenologia, a dialética hegeliana e o materialismo histórico. Essa visão foi aliada ao talento como escritor que o ajudou a conquistar um amplo público de pedagogos, cientistas sociais, teólogos e militantes políticos.

A partir de suas primeiras experiências no Rio Grande do Norte, em 1963, quando ensinou 300 adultos a ler e a escrever em 45 dias, Paulo Freire desenvolveu um método inovador de alfabetização, adotado primeiramente em Pernambuco. Seu projeto educacional estava vinculado ao nacionalismo desenvolvimentista do governo João Goulart.

A carreira no Brasil foi interrompida pelo golpe militar de 31 de março de 1964. Acusado de subversão, ele passou 72 dias na prisão e, em seguida, partiu para o exílio. No Chile, trabalhou por cinco anos no Instituto Chileno para a Reforma Agrária (ICIRA). Nesse período, escreveu o seu principal livro: Pedagogia do Oprimido (1968).

Em 1969, lecionou na Universidade de Harvard (Estados Unidos), e, na década de 1970, foi consultor do Conselho Mundial das Igrejas (CMI), em Genebra (Suíça). Nesse período, deu consultoria educacional a governos de países pobres, a maioria no continente africano, que viviam na época um processo de independência.

No final de 1971, Freire fez sua primeira visita a Zâmbia e Tanzânia. Em seguida, passou a ter uma participação mais significativa na educação de Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe. E também influenciou as experiências de Angola e Moçambique.

Em 1980, depois de 16 anos de exílio, retornou ao Brasil, onde escreveu dois livros tidos como fundamentais em sua obra: Pedagogia da Esperança (1992) e À Sombra desta Mangueira (1995). Lecionou na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Em 1989, foi secretário de Educação no Município de São Paulo, sob a prefeitura de Luíza Erundina.

Freire teve cinco filhos com a professora primária Elza Maia Costa Oliveira. Após a morte de sua primeira mulher, casou-se com uma ex-aluna, Ana Maria Araújo Freire. Com ela viveu até morrer, vítima de infarto, em São Paulo.

Doutor Honoris Causa por 27 universidades, Freire recebeu prêmios como: Educação para a Paz (das Nações Unidas, 1986) e Educador dos Continentes (da Organização dos Estados Americanos, 1992)."
Fonte: http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u178.jhtm

Conhecendo o Método Paulo Freire

O Método Paulo Freire consiste numa proposta para a alfabetização de adultos desenvolvida pelo educador Paulo Freire, que criticava o sistema tradicional, o qual utilizava a cartilha como ferramenta central da didática para o ensino da leitura e da escrita. As cartilhas ensinavam pelo método da repetição de palavras soltas ou de frases criadas de forma forçosa, que comumente se denomina como linguagem de cartilha, por exemplo Eva viu a uva, o boi baba, a ave voa, dentre outros.

Etapas do método
1.Etapa de Investigação: busca conjunta entre professor e aluno das palavras e temas mais significativos da vida do aluno, dentro de seu universo vocabular e da comunidade onde ele vive.
2.Etapa de Tematização: momento da tomada de consciência do mundo, através da análise dos significados sociais dos temas e palavras.
3.Etapa de Problematização: etapa em que o professor desafia e inspira o aluno a superar a visão mágica e acrítica do mundo, para uma postura conscientizada.

O método
As palavras geradoras: o processo proposto por Paulo Freire inicia-se pelo levantamento do universo vocabular dos alunos. Através de conversas informais, o educador observa os vocábulos mais usados pelos alunos e a comunidade, e assim seleciona as palavras que servirão de base para as lições. A quantidade de palavras geradoras pode variar entre 18 a 23 palavras, aproximadamente. Depois de composto o universo das palavras geradoras, elas são apresentadas em cartazes com imagens. Então, nos círculos de cultura inicia-se uma discussão para significá-las na realidade daquela turma.
A silabação: uma vez identificadas, cada palavra geradora passa a ser estudada através da divisão silábica, semelhantemente ao método tradicional. Cada sílaba se desdobra em sua respectiva família silábica, com a mudança da vogal. (i.e., BA-BE-BI-BO-BU)
As palavras novas: o passo seguinte é a formação de palavras novas. Usando as famílias silábicas agora conhecidas, o grupo forma palavras novas.
A conscientização: um ponto fundamental do método é a discussão sobre os diversos temas surgidos a partir das palavras geradoras. Para Paulo Freire, alfabetizar não pode se restringir aos processos de codificação e decodificação. Dessa forma, o objetivo da alfabetização de adultos é promover a conscientização acerca dos problemas cotidianos, a compreensão do mundo e o conhecimento da realidade social.

As fases de aplicação do método
Freire propõe a aplicação de seu método nas cinco fases seguintes:

1ª fase: Levantamento do universo vocabular do grupo. Nessa fase ocorrem as interações de aproximação e conhecimento mútuo, bem como a anotação das palavras da linguagem dos membros do grupo, respeitando seu linguajar típico.
2ª fase: Escolha das palavras selecionadas, seguindo os critérios de riqueza fonética, dificuldades fonéticas - numa seqüência gradativa das mais simples para as mais complexas, do comprometimento pragmático da palavra na realidade social, cultural, política do grupo e/ou sua comunidade.
3ª fase: Criação de situações existenciais características do grupo. Trata-se de situações inseridas na realidade local, que devem ser discutidas com o intuito de abrir perspectivas para a análise crítica consciente de problemas locais, regionais e nacionais.
4ª fase: Criação das fichas-roteiro que funcionam como roteiro para os debates, as quais deverão servir como subsídios, sem no entanto seguir uma prescrição rígida.
5ª fase: Criação de fichas de palavras para a decomposição das famílias fonéticas correspondentes às palavras geradoras.

História
Freire aplicou publicamente seu método, pela primeira vez no Centro de Cultura Dona Olegarinha, um Círculo de Cultura do Movimento de Cultura Popular (Recife). Foi aplicado inicialmente com 5 alunos, dos quais três aprenderam a ler e escrever em 30 horas, outros 2 desistiram antes de concluir. Baseado na experiência de Angicos, onde em 45 dias alfabetizaram-se 300 trabalhadores, João Goulart, presidente na época, chamou Paulo Freire para organizar uma Campanha Nacional de Alfabetização. Essa campanha tinha como objetivo alfabetizar 2 milhões de pessoas, em 20.000 círculos de cultura, e já contava com a participação da comunidade - só no estado da Guanabara (Rio de Janeiro) se inscreveram 6.000 pessoas. Mas com o Golpe de 64 toda essa mobilização social foi reprimida, Paulo Freire foi considerado subversivo, foi preso e depois exilado. Assim, esse projeto foi abortado. Em seu lugar surgiu o MOBRAL, uma iniciativa para a alfabetização, porém, distinta dos ideais freirianos.

Aos 106 anos dona Noberta dá exemplo

No último dia 05/07, numa de suas visitas às turmas do TOPA-Todos pela Alfabetização, como supervisora do programa na DIREC02, Valdeci Mamona Passos esteve com dona Noberta (foto) uma senhora com 106 anos de idade, alfabetizanda do TOPA no município baiano de Ipecaetá.

Ao acreditar na possibilidade da inclusão social através da educação, dona Noberta dá seu exemplo e é uma das milhares de pessoas beneficiadas Bahia afora pelo programa criado em 2007 pelo governo estadual para combater o analfabetismo.

Alfabetizados do TOPA terão acesso a obras literárias

As publicações serão enviadas pelos Correios para as residências dos alfabetizados que passarão a ter acesso a obras literárias dos mais diversos gêneros e linguagens, como recurso pedagógico capaz de auxiliar na continuidade do seu processo de escolarização.

Nesta terça (29) às 10h30, no auditório dos Correios, na Pituba, em Salvador, será feita a distribuição de 30 mil livros para os alfabetizados do programa Todos pela Alfabetização (Topa), numa iniciativa do Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria Estadual da Educação, em parceria com o Ministério da Educação (MEC). A ação integra o projeto Leitura para Todos, que tem a proposta de incentivar o hábito da leitura nos jovens, adultos, e idosos egressos do Topa. O evento contará com a presença do governador Jaques Wagner.

O projeto - Cada alfabetizado receberá, em sua casa, um livro da coleção do Ministério da Educação, juntamente com uma carta-resposta, com postagem paga, onde deverão ser escritas suas impressões sobre o conteúdo lido e enviada para a Secretaria da Educação. À medida que a Secretaria receber a correspondência, enviará um novo exemplar e, assim, sucessivamente. A coleção do MEC, resultado de um concurso nacional realizado em 2005, é composta por dez livros – de poesia, conto, crônica, novela, peça teatral, tradição oral e biografia.

“Nosso objetivo maior é que, com o Leitura para Todos, possamos, efetivamente, ampliar o número de pessoas com níveis de escolaridade compatíveis, promovendo o fortalecimento da cidadania e criando possibilidades de elas ingressarem no mundo do trabalho”, enfatiza o secretário Osvaldo Barreto.

A leitura, como ação humana que deve ser exercida permanentemente, de forma contínua, estabelecendo-se um diálogo constante entre texto e contexto, pode ser desenvolvida em qualquer época da vida do alfabetizado. “Ler é ressignificar o mundo, as coisas, os objetos”, completa a coordenadora do Topa, Elenir Alves.

Fonte:SEC

Descontração e irreverência marcam a primeira reunião de planejamento da nova turma

"Bastião e Bastiona" deram o toque de humor ao encontro

A manhã do último sábado (19) foi marcada pela primeira reunião de planejamento nesta nova etapa, entre coordenadores e alfabetizadores do TOPA em Feira de Santana. A reunião aconteceu no Colégio Modelo Luiz Eduardo Magalhães e reuniu mais de cem participantes.

Além das boas vindas e a integração entre os novos e antigos integrantes do programa, dúvidas iniciais foram sanadas pelos coordenadores. A supervisora regional do TOPA na Direc02, Valdeci Mamona falou um pouco sobre o objetivo programa e disse ser necessário se ter responsabilidade pela missão de alfabetizar.

Ao final da reunião uma confraternização com comidas típicas e decoração junina foi oferecida aos participantes.O momento de irreverência e que arrancou gargalhadas de todos, ficou a cargo da dupla "Bastião e Bastiona", apresentada pelas coordenadoras Rita Daltro e Rita Oliveira.

Concluída Formação Inicial do TOPA etapa 2009/2010

Entre os dias 07 e 11 de junho, no transbordo central em Feira, quatro ônibus aguardavam alfabetizadores e coordenadores do Programa TOPA – Todos Pela Alfabetização, de 21 municípios sob a jurisdição da Diretoria Regional de Educação de Feira de Santana – DIREC 02, que seguiam para a última semana da Formação Inicial do TOPA, etapa 2010.

Com seus livros e apostilas distribuídos durante os dias do curso, o ônibus era um local propício para socialização entre os participantes. Enquanto as avenidas iam se revezando durante o percurso até a Universidade Salvador – UNIFACS, local onde aconteceu o encontro, ouvia-se ora aqui, ora ali, por entre os corredores do veículo, os assuntos abordados no curso. Funcionamento e princípios do TOPA, diversidade racial e cultural, o método Paulo Freire e planejamento,foram alguns deles, que mesclavam com as novidades surgidas durante a convivência do grupo no mesmo hotel - para àqueles de outros municípios.


Na sexta-feira, dia um tanto chuvoso, ao retornar ao transbordo central, enquanto um vento frio insistia em invadir as janelas do ônibus, a certeza comum entre seus ocupantes: o desafio a partir dali, de ser mediadores do processo de domínio da escrita, leitura e oralidade, como instrumento para a inclusão social dos seus alfabetizandos.


Abertura
Diante dos olhares atentos dos participantes e da equipe de professores instrutores, o evento de abertura para os trabalhos da semana contou com a presença da supervisora regional do TOPA, Valdeci Mamona Passos, da pró-reitora Maria Helena da Rocha Besnosik, de Irani Menezes e demais representantes da pró-reitora de Extensão da Universidade de Feira de Santana –UEFS, instituição local incumbida pelos projetos pedagógicos, dos planos de capacitação e de acompanhamento do TOPA.

O momento lúdico cultural ficou a cargo da jovem Mitsuyana , professora de dança do ventre em várias instituições da cidade.